Conspiração política tenta derrubar Juliana Santos em Santa Branca
Candidata teve o comitê invadido em ação protagonizada por seus adversários políticos
Marcelo Caltabiano | Data: 04/10/2024 16:30
A campanha eleitoral em Santa Branca virou caso de polícia.
Em uma ação orquestrada, adversários políticos de Juliana Santos, ex-vereadora e candidata a prefeita, tentaram causar tumulto visando prejudicar a sua campanha na reta final das eleições.
Por volta das 12h30 de quarta-feira, dia 2 de outubro, uma mulher entrou, sem autorização, no comitê eleitoral da candidata a passou a proferir diversas ameaças e xingamentos.
Identificada como “Melissa”, a mulher ingressou no local sem autorização e acessou, inclusive, locais restritos para a equipe de campanha, gritando que iria “quebrar tudo” e exigindo dinheiro para não revelar áudios e vídeos que disse que poderiam “acabar com a candidatura” de Juliana Santos.
Imagem mostra Melissa na área restrita aos funcionários da campanha, acompanhada da sua filha, menor de idade, tentando ser contida pelos funcionários.
"Estes áudios e vídeos não existem. Ela fez isso na eleição passada. Na campanha de 2020, a Melissa causou maior tumulto tentando me desestabilizar. Agora, voltou. Ela estava morando em São Sebastião e apareceu em Santa Branca na época da campanha para me atacar novamente. Quero saber quem está por trás dela, quem está bancando, porque ela não tem dinheiro. Veio de São Sebastião para Santa Branca na época da eleição. No dia da invasão, veio de Uber até o meu comitê. Quem está bancando suas ações?”, questionou Juliana.
O episódio da invasão ao comitê virou de caso de conspiração política para prejudicar a candidatura de Juliana Santos na reta final das eleições quando outros atores supostamente envolvidos na trama começaram a aparecer.
Primeiro foi Ronilhon Richard dos Santos, conhecido como Cabo Roni, que é PM, porém, afastado por ser candidato a vereador pelo partido Republicanos, agremiação que integra a coligação SANTA BRANCA EM BOAS MÃOS, encabeçada pelo prefeito Adriano Levorin, prefeito e principal adversário de Juliana Santos nas Eleições de 2024.
Assim que Melissa invadiu o comitê, a equipe da candidata chamou a Polícia Militar para atender a ocorrência. Na sequência, Melissa telefonou para Cabo Roni pedindo ajuda.
Cabo Roni usou o próprio telefone de Melissa conversou com o policial militar que estava na ocorrência. Supreendentemente, após a conversa com Cabo Roni, o militar teria passado a “demonstrar ausência de ânimo para registrar a ocorrência, momento em que a corregedoria da PM foi acionada”, conforme Boletim de Ocorrência registrado.
Minutos depois, Cabo Roni apareceu no local e, sem autorização, adentrou ao comitê eleitoral e ajudou Melissa a se evadir, levando-a para rua, onde o tumulto e a aglomeração continuaram.
Logo após, para espanto e surpresa de todos, quem apareceu no local foi o próprio o prefeito Adriano Levorin, rival de Juliana Santos, cuja presença foi registrada pelas câmeras de vigilância do comitê político.
“Quando eu vi o prefeito chegando, eu fiquei em choque. Pensei comigo: ‘o que o prefeito está fazendo aqui?’ Eu reconheci pelo carro dele, carro preto, grande, só ele tem aquele carro na cidade. Nesta hora, estava todo mundo na rua já. Eu estava ao lado da Melissa. Quando eu comentei ‘olha o prefeito’, ela começou a levantar o braço e a gritar o nome dele “ô Adriano, ô Adriano”, e mandou a filha correr atrás do carro dele. Todo mundo viu, eu, o Almir, o Alisson”, disse Maria Lúcia Rodrigues, candidata a vereadora que estava no comitê no momento dos fatos.
As imagens comprovam o carro do prefeito Adriano Levorin passando pelo local, bem devagar, para constatar o tumulto causado do comitê político de sua adversária Juliana Santos, candidata a prefeita.
O veículo passou pela Rua Dom Manoel de Andrade e, em seguida, virou na Rua Independência. Após virar na rua, a acusada Melissa levanta o braço para o alto e passa a acenar em direção ao veículo. Em seguida, Melissa manda a sua filha correr atrás do carro do prefeito. Cerca de um minuto depois, a criança volta em direção ao comitê em busca da sua mãe.
Outra importante pessoa na conspiração política revelou-se em outro local, mais precisamente no grupo de WhastApp “Eleições Santa Branca”, que tem 221 membros. Trata-se de Jessica Lisandra Pires do Prado.
Desde o início da campanha de 2024, Jessica e Melissa tem, sistematicamente, escritos mensagens e compartilhado conteúdos vexatórios e caluniosos contra Juliana Santos no grupo de WhastApp “Eleições Santa Branca”, ofendendo a honra e a imagem da candidata e provocando a candidata. Elas chegaram até mesmo a ofender os pais de Juliana.
No episódio da invasão do comitê, enquanto Melissa, Roni e Adriano Levorin estivam presencialmente no local dos fatos, Jessica participou de maneira remota, narrando, em tempo real, no grupo de WhastApp “Eleições Santa Branca”, tudo o que acontecia no comitê de Juliana Santos.
A cada nova mensagem enviada por Jessica no grupo, os simpatizantes do prefeito Adriano Levorin comemoravam os fatos narrados, com mensagens de apoio e dizendo que o prefeito já teria ganhado as eleições de 2024.
E, reforçando a suspeita de conluio, a própria Jessica apareceu na delegacia de polícia para onde Melissa havia sido conduzida.
“Na eleição de 2020, a Melissa me ameaçou tanto que tive que contratar segurança. Chegou a dizer que iria me esfaquear”, revelou Juliana.
A situação criada no comitê foi tão estressante que uma funcionária da campanha de Juliana teve convulsão e precisou ser levada às pressas para o hospital.
No registro do Boletim de Ocorrência, Juliana aparece como vítima, relatando que tem prova de todas as acusações. A polícia instaurou inquérito para investigar o fato.
“O que tentaram fazer comigo é um absurdo. Eles estão desesperados com a possibilidade real da minha vitória. Quiseram criar um tumulto falso no meu comitê para me prejudicar. Todos eles vão responde na Justiça. Estou confiante que vamos vencer as eleições e tirar Santa Banca das mãos deste grupo político. Eles prejudicam muito a cidade”, declarou Juliana Santos.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com o prefeito Adriano Levorin perguntando: O que o sr. tem a dizer sobre os fatos? Porque o senhor estava no local dos fatos? Qual a sua relação com a sra. Melissa? Qual assunto o senhor conversou com a sra. Melissa? O prefeito não respondeu. Caso haja interesse em se manifestar, o espaço continua aberto.
As demais pessoas citadas na reportagem não foram encontradas para se manifestar, porém, o espaço permanece à disposição para futuras manifestações.
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